Páginas

terça-feira, 13 de julho de 2010

UM CANTO DE LIBERDADE


























O passarinho entrou na sua gaiola.
E a gaiola fechou-se para o mundo.
Gaiola de pau.
Gaiola, prisão.
A vida existia.
A vida era bela.
Gaiola, prisão.
Prisao, solidão.
E na lua cheia, a noite se fez festa.
Bailou o luar.
Numa sinfonia feliz de canão.
E naquela gaiola.
... Só, passarinho...
... Só, solidão.
Veio a chuva, de nuvens pesadas.
A noite chorou, naquela gaiola.
Lágrimas de gelo.
No escuro da noite.
O medo do escuro.
O medo do frio.
Na gaiola de pau.
Só, passarinho...
... Só, solidão.
Quando se fez sol.
Tudo cantava, numa ciranda gigante.
A vida se fez calor.
O calor se fez vida.
Vida é amar!
E amar é viver!
Desfez-se as amarras.
Desfez-se a prisão.
E naquela gaiola.
... Não mais passarinho...
... Não mais solidão!

Inacelita

0 comentários:

Postar um comentário

Outras poesias